segunda-feira, 31 de dezembro de 2007
MMVIII
Passagem de Ano no Funchal (Madeira)
O departamento de português da EOI de Mérida deseja-vos um 2008 cheio de coisas boas!!!
sábado, 29 de dezembro de 2007
Mais Natal...
Feio bicho, de resto:
Uma cara de burro sem cabresto
E duas grandes tranças.
A gente olhava, reparava e via
Que naquela figura não havia
Olhos de quem gosta de crianças.
E, na verdade, assim acontecia,
Porque um dia
O malvado
Só por ter o poder de quem é rei
Por não ter coração,
Sem mais nem menos,
Mandou matar quantos eram pequenos
Nas cidades e aldeias da Nação.
Mas
Por acaso ou milagre, aconteceu
Que, num burrinho,pela areia fora,
Fugiu
Daquelas mãos de sangue um pequenino.
Que o vivo sol da vida acarinhou
E bastou
Esse palmo de sonho
Para encher este mundo de alegria;
Para crescer, ser Deus;
E meter no inferno o tal das tranças,
Só porque ele não gostava de crianças.
Miguel Torga
(Diário-Poesias)
Coimbra, 12 de Outubro de 1937
A propósito de Miguel Torga, visitem A Voz do Chão. Vale a pena.
...E para acabar o Natal, as esperadas fotografias da grande festa da nossa EOI. Obrigado à Mariló, à Ana e ao José Manuel por terem partilhado connosco os seus dotes culinários, e ao Jesús pela sua selecção ibérica (Iberselec).
domingo, 23 de dezembro de 2007
Feliz Natal
Frohe Weihnachten Shenoraavor Nor Dari yev Pari Gaghand Nedeleg laouen Bon Nadal Čestit Božić Feliz Navidad Gajan Kristnaskon Feliz Natal Hyvää joulua Joyeux Noël Kellemes Karácsonyt Merry Christmas Buon Natale God Jul Wesołych Świąt Sarbatori Fericite С Праздником Рождества Христова Klidné prožití Vánoc
Árvore de Natal na avenida dos Aliados do Porto
terça-feira, 11 de dezembro de 2007
Lígia Borges na EOI de Mérida
No próximo dia 13 de Dezembro, quinta-feira, pelas 19h00 teremos a visita de Lígia Borges, directora do Centro de Língua Portuguesa do Instituto Camões em Cáceres.
Canções de Novembro
1- Solta-se o Beijo (7 pontos)
2- Carta (5 pontos)
3- Um Resto de Tudo / Momento (4 pontos)
4- Para mim tanto me faz / Matas-me com o teu olhar (3 pontos)
5- Foi Feitiço / Estou Aqui / Deixa o Mundo Girar / O Carteiro / O Mundo aos meus Pés / Os Loucos de Lisboa (2 pontos)
E a seguir, a lista das canções de Novembro:
1 Caçador de Sóis (Ala dos Namorados)
2 Tatuagens (Mafalda Veiga e Jorge Palma)
3 A Cor Azul (Delfins)
4 Não sou o Único (Resistência)
5 Postal dos Correios (Rio Grande)
6 Escolhas (Sara Tavares)
7 Eu Sei... (Sara Tavares) Ao vivo
8 Lado Lunar (Rui Veloso)
9 Jura (Rui Veloso) Ao vivo com Camané
10 O Mundo ao Contrário (Xutos & Pontapés)
11 Ai se Ele Cai (Xutos & Pontapés)
12 Faz-me Voar (Santos & Pecadores)
13 Apontamento (Margarida Pinto)
14 Agarra-me esta noite (Pedro Abrunhosa)
15 Eu Não Sei Quem te Perdeu (Pedro Abrunhosa)
16 Um Crime Perfeito (Ala dos Namorados)
17 Fala-me de Amor (Santos & Pecadores)
18 Lisboa Menina e Moça (Paulo de Carvalho) Versão original de Carlos do Carmo
19 Aldeia da Meia-Praia (VdR) Ouvir o original de José Afonso
20 Espaço Reservado (Ala dos Namorados)
Podemos escolher as nossas preferências? Vá lá, participem!
E, já agora, desfrutem da Mariza a cantar com o Rui Veloso (Não queiras saber de mim) e do Sérgio Godinho no seu mais recente sucesso (Às vezes o amor), dedicado a Boralá.
segunda-feira, 10 de dezembro de 2007
Santa Eulália de Mérida
sábado, 1 de dezembro de 2007
Segurança Rodoviária
Se a preguiça não me atraiçoar, tenciono apresentar sucessivos artigos que estimo devem captar a nossa atenção.
Fotografias comoventes que ilustram de um modo real a trágica actualidade das estradas.
No que diz respeito ao tipo de acidentes, o relatório indica que os mais frequentes são as colisões frontais e fronto-laterais, mas os causadores que produzem maior mortalidade são os atropelamentos e saídas da via.
Velocidade por Comunidades em Espanha:
- O País Basco, Madrid e a Galiza são as Comunidades com mais condutores falecidos por causa da velocidade; as que menos, a Rioja e o Aragão.
- As mulheres infringem mais as normas de velocidade nas Ilhas Baleares, Cantábria e na Galiza; os homens na Andaluzia, Aragão e Catalunha.
- Nas Canárias, Catalunha e Madrid, os acidentados por velocidades em zona urbana ultrapassam a média nacional.
- Na Catalunha, Comunidade Valenciana e Galiza, os menores de 21 anos cometem mais infracções de velocidade
- A Andaluzia é a Comunidade onde os condutores de ciclomotores e motocicletas têm mais acidentes por causa da velocidade.
Texto de Anselmo Carvajal Galán (N.I.-1º)
sexta-feira, 30 de novembro de 2007
Flora
A figura encantadora e cheia de graça deste gesso, mostra-nos uma deusa, ninfa nos domínios do seu jardim, recolhendo delicadas flores que leva na sua cornucópia, para um destino misterioso encoberto no verde ilimitado do fundo.
Às vezes, para relaxar, gostava de contemplar a imagem. Eu sentia que ao contemplar aquela imagem algo sério começava a mexer-se dentro do meu peito. Eu era o observador, imaginava-me entre as folhas de um arvoredo, observando os contornos requintados da joven, adivinhando mesmo os traços do seu rosto, contemplando a beleza que envolvia seu gesto calmo ao caminhar, a delicadeza da sua mão a apanhar as flores.
No entanto, uma tarde de Outono de repente aconteceu. Era sábado. Depois de passar o dia todo fora de casa, chegei muito cansado. Mas o cansaço era um cansaço antigo, como uma carga que dia a dia estremecia as minhas costas, e eu, abraçado à rutina, não percebia. Entrei na sala, deitei-me no sofa à procura de algum sossego e olhei para a pintura pendurada na parede. Não me lembro quanto tempo estive a olhar para ela, mas foi então que aquela mágica figura, que eu contemplava com um inocente e descontraido olhar, me deu a resposta.
Ali, dentro da própria figura, camuflado na túnica vaporosa da joven, podia vê-lo com toda a claridade. O rosto do passo do tempo surgiu, murcho e velho, envolvendo-me o coração todo, mostrando a sua inquestionável crueza. Fiquei espantado perante tão grande descobrimiento ao sentir como o autor, há mais de 2.000 anos, apanhou e perpetuou nessa imagen o desejo mais antigo do homem.
quarta-feira, 28 de novembro de 2007
Uma Vida Normal
Ano de realização: 1994
Realizador: Joaquim Leitão
Actores: Anamar, Joaquim de Almeida, Margarida Marinho, María Barranco, Vítor Norte
(Legendado em português)
Argumento:
Não percam o filme e, se quiserem, deixem aqui depois os vossos comentários ;-)
O Pirata
Nasceu em Cáceres no mês de Março de 2001, mas foi na cidade de Arroyo de La Miel (Málaga) onde eu encontrei esta pequena bola de pêlo e soube que era para mim.
Comprei-o e trouxe-o para a minha casa, para a minha vida. Desde esse momento, o Pirata passou a fazer parte da minha família.
Agora já é mais tranquilo que quando era pequenino. Dantes gostava de mordiscar as plantas (agora também, mas já não as estraga), jogava com tudo aquilo que se mexia ou fazia barulho. Uma vez estava na cozinha e ao ouvir o ruído que fazem as cordas do estendal, como era muito curioso (ainda é), quis investigar a sua origem. Então subiu até ao parapeito da varanda, perdeu o equilíbrio e caiu no terraço do primeiro andar, eu moro no quinto! Nada lhe aconteceu!! Teve uma imensa sorte, mas já sabem: os gatos têm sete vidas. Agora só lhe restam mais seis, não é?... Grande sorte têm os gatos!
Foram as minhas sobrinhas quem o chamaram Pirata. Estávamos no jardim da casa delas debatendo os possíveis nomes para o gato. O gatinho tentava brincar com uma pequena borboleta e por um momento conseguiu trepar pela gelosia do jardim. Então a minha sobrinha mais nova gritou: “Olha! Parece mesmo um pirata!!”. E foi nesse momento que ele ficou baptizado.
Agora é um gato tranquilo, mais sábio, carinhoso e muito limpo. Gosta de tomar banho e de brincar com o jorro de água, embora goste menos do barulho do secador. Adora dormir no meu colo e eu adoro tê-lo ao meu lado.
Olhem bem para ele, não é adorável?
domingo, 25 de novembro de 2007
Saudades do Porto
A ribeira do Porto é multicolor, e perto da magnífica ponte Dom Luís há esplanadas para tomar um “príncipe” enquanto olhas para a ponte, uma grandiosa obra de engenharia.
O cais de Vila Nova de Gaia tem um cheiro especial a bom Vinho do Porto e a caves lendárias. Deste lado há muitos restaurantes onde escolher para almoçar ou jantar, mais caro ou barato, e depois visitar as caves e ter a oportunidade de degustar este precioso néctar.
Esta fotografia mostra-nos o interior de uma das caves do vinho do Porto em Vila Nova de Gaia.
Quando eu olho para a fotografia chegam à minha cabeça muitas lembranças cheias de saudades. Lembro-me daquele fim-de-semana em que eu fui de viagem de estudo ao Porto com os meus colegas da escola de línguas.
A fotografía foi feita durante o percurso da nossa visita pelas caves do vinho. Naquela visita falaram-nos da elaboração e conservação do vinho, mas esta é outra história e terá de ser tratada noutra altura.
Eu posso falar de imensas anedotas que aconteceram durante aquela visita. Todos os colegas da escola e os nossos profesores a fazer batota, alguns de nós falávamos português, mas outros não percebiam e falavam espanhol. Começámos a misturar as duas línguas e afinal a nossa “fala” até era engraçada. Assim, podem olhar para a fotografia e aperceber-se que todas as pessoas que aparecem nela estão contentes e algumas delas até têm faces engraçadas.
Quando chegou o momento de experimentar o vinho a coisa foi bem pior. Quer dizer, o conjunto das nossas emoções e o cheiro do vinho misturado com o cheiro das caves fizeram com que a espontaneidade e originalidade das pessoas a brincar estivesse presente num ambiente onde a calma e o silêncio imperam.
Texto de Raquel Gómez Aparicio (5ºAno)
PORTO SENTIDO (Carlos Tê - Rui Veloso)
Quem vem e atravessa o rio
junto à serra do Pilar
vê um velho casario
que se estende até ao mar
Quem te vê ao vir da ponte / és cascata São-Joanina / dirigida sobre um monte / no meio da neblina // Por ruelas e calçadas / da Ribeira até à Foz / por pedras sujas e gastas / e lampiões tristes e sós // E esse teu ar grave e sério / dum rosto e cantaria / que nos oculta o mistério / dessa luz bela e sombria
Ver-te assim abandonada
nesse timbre pardacento
nesse teu jeito fechado
de quem mói um sentimento
E é sempre a primeira vez / em cada regresso a casa / rever-te nessa altivez / de milhafre ferido na asa
domingo, 18 de novembro de 2007
Sábado no norte alentejano
E não percam as fotografias do Daniel Toril (N.B.-1) na Galeria Virtual dele. Espectaculares!
sexta-feira, 16 de novembro de 2007
Viagem de Estudo
8h30: Saída (do portão da Escola)
9h30 (hora portuguesa): Chegada a Marvão. Passeio pela vila. Visita ao Castelo.
12h30: Saída de Marvão em direcção a Castelo de Vide.
___________
13h15: Almoço no restaurante D. Pedro V.
Ementa
Entradas (enchidos, queijo...)
Sopa de hortaliças
Bacalhau Dourado
Porco à Alentejana
Sobremesa:
Gelado caseiro com molho de frutos vermelhos
ou
Vinho, refrigerantes e café
(A ementa é a de todos os anos, uma tradição nas nossas viagens de estudo...)
____________
18h30: Saída em direcção a Mérida.
Condessa Descalça
quarta-feira, 14 de novembro de 2007
Ceuta está na moda
Muitas pessoas concordam com a ideia de que a infância é a melhor etapa da vida. As crianças, em geral, não têm problemas e só pensam em brincar. As minhas lembranças infantis são muito agradáveis e estão muito ligadas a essa terra que se chama CEUTA.
Ceuta é uma cidade no norte de África. É limitada pelo Estreito de Gibraltar e o Reino de Marrocos. Hoje em dia é uma cidade espanhola, integrada de pleno direito na Europa. A cidade desfruta de um excelente clima mediterrânico, com temperaturas muito estáveis e agradavéis. A média anual é de 17º C, 11º C ao inverno e 27º C ao verão. O clima permite desfrutar de mais de trezentos dias de sol por ano aos seus 75.000 habitantes e a todos os seus visitantes.
Segundo os antigos manuscritos foi fundada pelos descendentes de Noé 203 anos depois do dilúvio. Foi cartaginesa quinhentos anos antes de Cristo e participou na primeira guerra púnica. Tambén foi romana como toda a costa mediterrânea, mas foi arrasada pelos vándalos de Genserico no ano 423. Depois foi ocupada pelos godos e bizantinos. No ano 711 é tomada pelos bereberes musulmães os quais, depois da traição do lendário Conde D. Julian, dominaram a Península Ibérica durante setecentos anos. No dia 14 de Agosto de 1415 é reconquistada por D. João I de Portugal e foi portuguesa até que os dois reinos ibéricos se uniram sob o reinado de Felipe II de Espanha no dia 30 de Setembro de 1580. Portugal separou-se de Espanha em 1640 e nessa altura os ceuties decidiram livremente ser espanhóis. Foi por isso que o rei Felipe IV lhe concedeu os títulos de “Sempre Nobre, Leal e Fidelíssima Cidade”.
Ceuta apresenta um grande leque cultural. Através das visitas aos seus onze museus, consegue-se conhecer a sua história. Estas visitas mostram uma grande variedade de pormenores da constante história militar da cidade, o que marca a presença de Ceuta em diferentes capítulos da história de Espanha.
Mas a visita não deve acabar ali. Nenhum visitante pode voltar para a sua terra sem visitar locais como o conjunto monumental das “Murallas Reales”, O fosso de “La Almina”, a Cerca Merinida, Os Banhos Árabes, O Farol de Ceuta, O miradouro de Benzú, “A Mulher Morta”, o miradouro de Isabel II, o de Sto. António, a praça dos Reis, a Catedral e a Igreja da Nossa Senhora de África , padroeira da cidade.
A gastronomia está muito ligada ao mar. O mais atractivo dela é a mistura de sabores que é reflexo fiel da mistura das culturas que convivem na cidade. Não podemos esquecer que é uma cidade onde dois continentes convergem, dois mares emergem e quatro culturas vivem juntas em perfeita harmonia. É por isso que os seus sinais de identidade são a tolerância e o convívio. Portanto não hesitem e, de ferry ou de helicóptero, visitem Ceuta já.
Texto de Mariló Macho Lara (4ºAno)
segunda-feira, 12 de novembro de 2007
Para os que gostam de mitologia
Cloto, a fiandeira; Láquesis, a que deita a sorte e Átropo, a inexorável, eram filhas de Nix, a Noite, e haviam nascido do espírito de uns pássaros com a missão de supervisionar a vida futura dos bebés.
O seu propósito original era determinar o destino de cada indivíduo ao nascer.
Pouco a pouco, as moiras adquiriram um papel importante, mesmo que o valor dos seus decretos nem sempre estivesse claro.
As moiras representam-se como três fiandeiras que tecem o destino de os homens. Cloto fazia girar os destinos no seu fuso, Láquesis media-os com uma vareta e Átropo cortava-os.
Depois de as moiras decidirem o momento da morte, apareciam as malévolas Ceres, espíritos femininos com garras e capas cheias de sangue que desferiam o golpe fatal e levavam a seus vítimas à terra das sombras.
Alguns deuses inclusivamente mofavam-se das moiras: Apolo tentou uma vez emborrachá-las para evitar a morte de um amigo.
No Oráculo de Delfos, só se veneravam duas moiras: O Nascimento e a Morte.
Acreditou-se que quando Zeus reclamou a sua soberania sobre as moiras, assumiu o papel de Láquesis.
Texto de Teresa Cacho Pinilla (N.I.-1º)
Dulce Pontes em Cáceres
E no nosso blogue, mais um "documento histórico": Lusitana Paixão em 1991...
sexta-feira, 9 de novembro de 2007
O Verão da minha vida
Já então, uma elegante rapariga de dezasseis belíssimos anos, tinha-me roubado o coração. Os seus olhos verdes, imensos como o mar, o seu cabelo de ouro polido, o seu sorriso alegre e sincero, acabaram por fazer-me perder a cabeça e, por conseguinte, tentar aproximar-me da sua vida.
Ela era "dançarina" na Banda Municipal e eu não podia deixar passar essa oportunidade. Ao princípio, o meu carácter introvertido e tímido era um obstáculo para o início da relação, mas a procura do seu amor valia a pena. Não importava que eu não tivesse a mínima ideia de tocar trompete, o mais importante era poder estar perto dela.
Os primeiros olhares, a nossa tímida apresenteção entre amigos, seriam o prefácio de um Verão fantástico. Depois começaram as viagens de autocarro em digressões, e estas eram a escusa perfeita para, desde o lugar contíguo ao dela, descobrir que, através da sua conversa, a sua personalidade era, ainda, uma manifestação de beleza superior. A sua subtileza, a sua espontânea sinceridade, acrescentavam a minha admiração por ela.
Nas vilas onde tocávamos, depois dos concertos, costumávamos dar passeios a meia-noite, sob o o olhar da Lua, cúmplice do nosso amor. As estrelas cadentes, com um rápido movimento no céu, assinavam a nossa paixão. Era uma sucessão de emoções que conectava sempre com o selo de um doce e maravilhoso beijo.
Ainda hoje, quando olho para o céu, a Lua, à espreita, sorri-me e sussurra-me, através do vento sereno, que as noites daquele Verão foram inesquecíveis.
Texto de Anselmo Carvajal Galán (N.I.-1º)
Um texto sobre mim próprio
Eu chamo-me... Mas não acham que é melhor vocês adivinharem? Só têm de olhar para a fotografia... O quê? Não é suficiente? Claro, nessa fotografia eu só tinha três anos, e agora tenho trinta e nove. No próximo dezasseis de Abril vou fazer quarenta. Acham que eu sou muito velho?
Eu nasci em Valhadolid, em Castela e Leão, e vim para a Estremadura espanhola há dez anos para trabalhar numa escola de ensino secundário.
Primeiro morei em Llerena, onde conheci a minha mulher e onde as minhas crianças nasceram.
Depois, mudámo-nos a Mérida, onde moramos há quatro anos.
Trabalho na Escola Secundária “Emérita Augusta” e ensino inglês.
Nos meus tempos livres, gosto de ouvir música, ler e viajar. O meu artista favorito é Tom Waits e leio romances e livros de divulgação. Se podemos sair de Mérida, costumamos visitar os nossos amigos noutras cidades, e aproveitamos para ver novos monumentos e paisagens nesses locais.
Acho que é tudo. Já sabem quem é que sou?
Texto de Óscar Luis Fernández Calvo (N.B.-2º)
Lentilhas com amêijoas
- Sal qb
- 400 g de lentilhas
- 1 cebola
- Pimenta qb
- Azeite
- 1 ramo de salsa
- 2 dentes de alho
- 1 copo de vinho branco
- 1 folha de louro
- 500 g de amêijoas
Numa panela, ponha as lentilhas com água fresca –o nível da água deve cobrir as lentilhas. Junte a folha de louro, meia cebola e uma colher de azeite.
Leve a cozer até as lentilhas ficarem moles (30 minutos) e tempere com sal no fim.
Em outra panela ponha azeite até cobrir o fundo. Pique o resto da cebola e aloure-a ligeiramente, junte o alho, o ramo de salsa picado, o vinho branco e deixe levantar fervura. Junte as amêijoas e cubra. Reservar.
Quando restarem cinco minutos às lentilhas, misture-as com as amêijoas e sirva quentinho.
Carla & Zafra
Mas Zafra é outra coisa para mim. É o lugar onde eu nasci, onde viveu sempre a minha família, onde eu fui mais feliz, de onde são as minhas amigas e onde moro há já mais de dez anos.
Quando eu era mais nova queria viajar e viver muito longe, conhecer outras cidades fora de Espanha… Mas agora, depois de fazer tudo isso, decidi que eu quero é trabalhar na Extremadura, viver em Zafra ou numa cidade próxima e ter sempre por perto as pessoas de que mais gosto. Não posso imaginar uma terra melhor para viver.
terça-feira, 6 de novembro de 2007
Gaivotas cor de prata
Gaivotas a voar sobre a praia dourada, em bandos que se misturam e se separam, mudanças no rumo, som de grasnidos, cheiro a mar.
Nuvens de prata, a fugir dos intrusos que as tentam fotografar...
É uma das imagens que melhor consegue captar como são verdadeiramente as praias da Caparica, as praias pelas quais tenho imensas saudades. Quando não estão cheias de turistas são o reino das gaivotas e dos pescadores. Quilómetros e quilómetros de areia fina e dourada, onde só se ouvem as instruções dos pescadores e os gritos das gaivotas. No mar, só as ondas e as preguiçosas velas brancas dos barcos.
No entanto, é uma imagem ameaçada: cada vez há menos pescadores, as praias cada vez estão mais sujas e poluídas. As gaivotas, que tentam aproveitar os restos deixados pela maré humana, estão a sofrer as consequências do nosso desinteresse pelo meio ambiente.
Mesmo assim, as praias de Caparica serão sempre as praias dos meus sonhos, desde que restem um barquinho e um bando de gaivotas no céu.
Madredeus e Wim Wenders
Imagens do filme Viagem a Lisboa (Lisbon Story) de Wim Wenders. Uma história e uma música inesquecíveis. Um retrato de Lisboa em 1994.
Quando uma guitarra trina
Nas mãos de um bom tocador
A própria guitarra ensina
A cantar seja quem for
Eu quero que o meu caixão
Tenha uma forma bizarra
A forma de um coração
A forma de uma guitarra
Guitarra, guitarra querida
Eu venho chorar contigo
Sinto mais suave a vida
Quando tu choras comigo
Rebeca em Copenhaga
Também gosto muito das fotografias tiradas automaticamente, das quais tenho inúmeras. Esta foi feita desde um banco dum parque verde como o camião estacionado no Kastellet de Copenhaga.
Foi uma surpresa para mim o descobrimento da história que está na origem desta cerveja, que eu já conhecia pela televisão, e como este camião é o símbolo de como viajam as ideias e criações. O criador da Carlsberg (colina do Carl) foi o fundador do mais importante museu em Copenhaga que se chama Glyptotek. A cerveja foi criada no ano 1847 por Carl Jacobsen. Aconselho vivamente viajar até Copenhaga e conhecer a fábrica original da Carlsberg. É uma verdadeira obra de arte dum génio do século XIX, o Sr. Jacob Jacobsen.
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Visitem o blogues Susana em Copenhaga e O Xico lá fora, um diário da fantástica experiência de um erasmus na Dinamarca! Os mais "cuscos" vão adorar...